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Prisca com sua mãe Sônia, tecendo em crochê partes de uma das sua obras.

Em meu trabalho busco refletir sobre as referências familiares que me trouxeram até aqui. O fato de ser filha e neta de marceneiro por parte de pai, neta de mecânico de automóveis com crocheteira do lado de mãe, me levam a olhar para trás e perceber as feituras que me compõem. Me lembro de quando era criança, ver as mãos dos mais velhos tecendo, lixando e construindo coisas.

 

Nas minhas produções retrato seja através das pinturas, do crochê ou da cerâmica, minha percepção de como as coisas são construídas, seja no âmbito emocional ou físico. Além disso, tenho uma relação de muito apreço pelos espaços urbanos - a cidade me atrai e me seduz.  Tenho prazer em andar pelas ruas de Belo Horizonte e ver como as coisas mudam rápido e de como este espaço é uma galeria a céu aberto e extremamente democrática.

 

Assim, vez ou outra penso em algo para colocar na rua, seja um lambe lambe, sticker, graffiti, ou uma intervenção como a “Legendas Urbanas", em que fiquei meses elaborando e preparando a obra para ser posta no viaduto Dona Helena Greco. 

 

Agora além de neta e filha sou mãe e isso tem me feito olhar ainda mais para trás na tentativa de entender e representar essa grande colcha de retalhos que sou. 

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